sexta-feira, 11 de novembro de 2011

O PÉSSIMO GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL

  • Citado no escândalo do Esporte, governador do DF
    mantém agenda positiva e evita falar
Agnelo Queiroz nega envolvimento em desvios quando era ministro da pasta


O ex-ministro do Esporte no governo Lula e atual governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, embora citado nas denúncias de desvio de dinheiro da pasta, tem mantido uma postura distante em relação às acusações que resultaram na saída de Orlando Silva na última quarta-feira (26) e priorizou uma agenda positiva para seu governo.

Neste final de semana, as acusações contra Agnelo se intensificaram com a publicação de novas denúncias na imprensa. De acordo com a revista Época, um processo que corre na 10ª Vara Federal e que será encaminhado ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), reúne diálogos telefônicos gravados pela polícia que sugerem que Agnelo ajudou o policiam militar João Dias Ferreira a forjar provas para escapar das acusações de desvios de recursos no Ministério do Esporte.

Já a revista IstoÉ publicou, em sua matéria de capa, que tem em vídeo o depoimento de uma testemunha, Geraldo Nascimento de Andrade, que revela detalhes de como o atual governador montou um 'propinoduto' para desviar dinheiro do Ministério do Esporte.
Apesar do bombardeio, Agnelo tem se pronunciado por meio de notas ou por seu advogado, Luis Carlos Alcoforado. Nas últimas semanas, o governador pouco falou e saiu em viagem em duas ocasiões para participar de eventos relacionados à Copa do Mundo no Brasil. Em um desses eventos, na Suíça, o governador petista quebrou o silêncio, negou as acusações e disse que estava "tranquilo em relação a seus atos administrativos” quando foi ministro entre 2003 e 2006.
- Já faz seis anos desde que saí do cargo de ministro do Esporte. Posso garantir que todas as medidas legais foram adotadas na assinatura dos convênios. E, naqueles que apresentaram, ao longo de sua execução, algum problema, as providências cabíveis foram tomadas.

Em um outro momento, distribuiu uma nota oficial também negando irregularidades e classificando de irresponsável e criminosa a especulação de que o órgão se prestava a práticas ilícitas. O envolvimento de Agnelo nas denúncias é alvo de investigação no STJ (Superior Tribunal de Justiça). Sobre o inquérito, ele também preferiu se explicar em nota: “É fruto de uma denúncia feita durante a campanha e que eu desmascarei. Qualquer questão que esteja pendente tem que ser apurada e investigada. Estou tranquilo em relação a esse inquérito. O fato é que não há nada que pese contra a minha conduta.”

Agnelo comandava o Esporte quando o contrato com a ONG do policial militar João Dias Ferreira foi firmado. O PM é o delator do suposto esquema de pagamento de propina e desvio de recursos no programa Segundo Tempo, que leva atividades esportivas a crianças carentes.

Quando a revista Veja publicou as denúncias contra Orlando Silva, Agnelo já havia sido citado. De acordo com a reportagem, o esquema teria começado em sua gestão, quando ainda era filiado ao PCdoB. Agnelo entrou para o PT em 2008.

Governador distante

Nas duas semanas após o início da crise no Esporte, a agenda do governador foi marcada por viagens e poucos compromissos oficiais. Em vários dias ele se reservou a despachos internos do governo e foi apenas a um seminário de regularização fundiária em Brasília.

Logo após as denúncias, o governador viajou para Zurique. Na última semana, ele viajou novamente, dessa vez para São Paulo, para receber uma homenagem ao Estádio Nacional, em construção para a Copa de 2014, como exemplo de obra sustentável. Enquanto isso, na capital federal, os funcionários da obra entravam em greve e o ex-ministro do Esporte perdia o cargo devido às denúncias da pasta.

Investigação

Na última segunda-feira (25), a ministra Carmem Lúcia, do STF (Supremo Tribunal Federal) abriu inquérito para investigar as suspeitas de envolvimento do ex-ministro Orlando Silva no esquema de corrupção na pasta e pediu que fossem anexadas a esse processo as investigações contra Agnelo. Silva saiu do ministério e perdeu foro privilegiado. Com isso, as investigações voltaram para o STJ, onde estava o inquérito que investiga o governador do DF.

Não é só a Justiça que pretende investigar Agnelo. Alguns deputados distritais da base aliada e da oposição já assinaram um pedido de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para apurar o envolvimento do governador nos casos de desvio de recursos e pagamento de propina no ministério do Esporte. Até esta sexta-feira (28), quatro distritais tinham assinado o pedido de investigação: as oposicionistas do PSD Eliana Pedrosa, Celina Leão e Liliane Roriz, e o deputado da base de governo de Agnelo e policial civil Wellington Luiz. Para instalar uma CPI na Câmara Legislativa do DF são necessárias oito assinaturas.




Eliana Pedrosa(PSD) A oposicionista que esta sacudindo com o esquema de Agnelo Queiroz e que espera Investigação seria nas denuncias de corrupção por parte do Governo do DF.




Corrupção no DF





Não é a primeira vez que políticos da capital federal veem seus nomes em escândalos de corrupção.
No ano passado José Roberto Arruda (sem partido) deixou o governo após ser filmado recebendo dinheiro desviado de contratos de informática do governo, ainda na campanha eleitoral de 2006. Ele e outros políticos e empresários foram investigados pela Polícia Federal na operação que ficou conhecida como Caixa de Pandora. Agora é a vez do escândalo de Agnelo




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